O Segredo da Felicidade Está Em Você


Felicidade

Rodrigo Solano

rsolano@thinkglobal.com.br


Os mestres possuem várias características para serem identificados como tal. Entre as principais delas, está conhecer bem sobre um determinado assunto a ponto de ser referência e tornar-se um exemplo. Não somente pessoas podem ser consideradas mestres, mas acredito que tudo o que nos serve como guia pode, de alguma maneira, representar o papel de mestre. Em nossas vidas temos a oportunidade de conhecer vários deles.


Quando éramos crianças e aprendemos a falar, tivemos pessoas que falavam ao nosso redor. Eram exemplos e nós aprendemos a imitar, pronunciar palavras formar frases e hoje podemos fazer isto muito bem. O mesmo acontece com o caminhar, com o ler, o escrever etc... Exceto para o que é considerado instinto, o que não me cabe discutir ou classificar neste momento, tivemos sempre um guia. Aqui, porém estamos procurando um mestre para a felicidade, para o êxtase!


É natural conhecermos pessoas que querem ser de alguma maneira ou ter algo para serem felizes. Há quem priorize sua vida sentimental e viva em busca de um grande amor. Uma companhia para amar e ser amado seria a felicidade. Há aqueles que gostariam de ser mais bonitos. Investem no corpo, malham muito, fazem plásticas, cuidam da aparência. Há também aqueles que querem ter muito dinheiro. Há gente querendo tudo isso junto e há quem queira muito mais para ser feliz. E estas coisas trazem a felicidade. Eu não me sentiria honesto se simplesmente negasse este fato.


Se estas coisas não trouxessem felicidade, não existiriam tantas pessoas procurando um amor, academias de ginástica cheias, cirurgiões plásticos. Também pararíamos de trabalhar quando tivéssemos o suficiente para sobreviver. Ou seja, estas coisas trazem, de alguma maneira, a felicidade. A questão é que praticamente tudo é inconstante, e nossa felicidade vinculada a estes focos de desejo está sujeita à mesma inconstância.


O amor de hoje pode não existir amanhã. Ou nosso sentimento se transforma, ou o amor como é hoje simplesmente se vai por qualquer motivo. Se somos jovens hoje, amanhã certamente não seremos. A pele enruga, o cabelo muitas vezes cai, a saúde se fragiliza. E nada garante que uma pessoa rica não tenha nenhum outro objeto de desejo para ser feliz. Quando perdemos ou não temos algo que queremos nos frustramos o que gera tristeza, o oposto da felicidade. Aí percebemos que seguimos o mestre errado – o querer. Querer coisas para ser feliz abre portas para a infelicidade entrar em algum momento imprevisível. Uma vez identificado que o querer não é o mestre, quem ou o que seria o mestre ideal?


A humanidade teve muitos grandes mestres espirituais em várias regiões do mundo. Muitos deles se transformaram em líderes religiosos. Mostraram paz, amor, tranqüilidade e felicidade.  Muitos tiveram discípulos e guiaram multidões. Fundaram grandes religiões! Podemos notar alguns pontos em comum nestes grandes homens e entre eles o principal: conheciam a si mesmos! Eles sabiam quem eles eram e seu papel no mundo. Eles tinham intimidade com sua verdade interna, conheceram o que chamavam de Deus!


Seja lá o que se entenda ou sinta sobre o significado de Deus, não importa neste momento. Tampouco o que é Deus para cada religião, para os crentes ou para os céticos. Mas enxergando a felicidade real e verdadeira como algo divino, no momento em que estes homens olharam para si mesmos encontraram Deus e deixaram seu exemplo: a felicidade está ligada ao auto-conhecimento, ao lado interno de nós mesmos, se é que esta dimensão pode ser considerada interna.


Ela não está ligada à religião, mas ao que se faz com ela. Não é o que a vida lhe proporciona, mas o que você proporciona à vida. Não é o que você quer, mas o que você se desapega. Ela não é o que se aprende, ou o que lhe dizem. É o que você já sabe! Ela depende de você e de mais nada. O que o mundo diz que é felicidade, não interessa. O importante é você ser feliz independente de como mundo está!


A felicidade não mora senão em cada um de nós, independente das circunstâncias que não passam de estímulos para melhorarem ou piorarem nosso humor. Estamos em contextos, mas não somos os contextos. Os estímulos mexem com nossa química cerebral, nossos neurotransmissores e resultam muitas vezes no nosso estado de espírito. Parar este ciclo e deixar de buscar a felicidade no mundo externo é o início do caminho para o bem-estar, que leva à felicidade perene e a momentos de êxtase.


Começamos a entender isto quando vemos que nosso bem-estar não deve depender das inconstâncias situacionais, mas de como lidamos com as situações, como as encaramos e na nossa capacidade de sermos mentores de nossas interpretações. A realidade que se vê é relativa. O que é ruim para um pode ser bom para outro. Depende de como enxergamos as situações e da nossa relação de dependência em relação a elas. Achar que o mundo tem obrigação de nos fazer feliz, é muito perigoso. É importante parar de demandar a alegria do ambiente externo, mas semeá-la dentro de nós mesmos. 


Esta alegria perene tem impactos profundos na nossa vida. A saúde pode ser melhorada, o que já tem sido amplamente divulgado. Além disto, estar bem consigo mesmo faz com que nos relacionemos melhor, que fiquemos mais vivos, belos. Temos mais gana de viver, trabalhar estudar. As conseqüências geralmente resultam em bons amores, beleza, saúde e por que não dinheiro?


Mas estas coisas não devem ser as ferramentas, nem alvos, mas somente a conseqüência natural da nossa maneira de enxergar a vida. Mesmo porque não é só o fato de sermos constantemente felizes e de bem com a vida que todo o resto está garantido. Existem inúmeros fatores determinantes. Porém, o nosso objetivo é sermos felizes. E uma vez felizes, todo o resto se torna um adicional e não mais essencial.


Assim sendo, você só depende de você mesmo, o seu verdadeiro mestre! Somente através do contato íntimo entre você e você mesmo haverá a possibilidade de saber quem você é, de que é capaz, de onde extrair suas energias e como se desenvolver. O caminho somente vem de nosso íntimo, do que sabemos independente das doutrinas e do que se compreende por ensinamento ou conceito. A essência está arraigada em nós mesmos, na pureza e na inocência.  O mestre está lá, sereno, feliz, e não quer nada, somente a verdade do jeito que ela é.


Quando olhamos para nós mesmos e sentimos que aqui e agora podemos até desejar algo, mas na realidade não necessitamos de nada, começamos a entender o que é bem-estar independente. No instante em que paramos de pensar e adormecemos, não sentimos que queremos nada, mas temos paz, relaxamos. É algo semelhante a isto que temos de buscar. Calar os desejos, os anseios as lembranças, mas se conectar com o real. O aqui e o agora é o real. Nada mais existe! O passado se foi e do futuro nada se sabe.


O real é o seu interior conectado com sua verdadeira essência. Lá não há problemas de trabalho, não há doenças, não há medo, nem arrependimento. Não há sensação de perda ou desejo por algo incerto. Lá não existe nosso julgamento, somente nosso íntimo antes da análise. De lá se extrai o êxtase! Mas tudo isso é relativamente fácil de ser dito. Exercitar é o desafio! Somente o exercício de seguir o seu verdadeiro guia,  independente do contexto, pode ajudar no alcance da mais real e perene felicidade. Você é o mestre!



 

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